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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Sétima caminhada pelo fim da intolerância religiosa reúne 1.500 pessoas em Copacabana

                   De acordo com a matéria do Jornal O Globo Online, de Eduardo Vanini, datada de 21 de setembro de 2014, mesmo debaixo de chuva, cerca de 1.500 pessoas participaram do evento, entre candomblecistas, umbandistas, espíritas, judeus, católicos, muçulmanos, evangélicos e outros. A Avenida Atlântica, em Copacabana, foi tomada por dezenas de cores e credos na tarde deste domingo, durante a Sétima Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. Nos discursos, o tom era de cobrança por mais rigor no combate à intolerância religiosa que tem se manifestado na forma de ofensas e ataques a templos em todo o país, em especial aqueles que abrigam religiões de matriz africana.

Foto: Agência O Globo

                  Segundo a matéria, a notícia mais comemorada foi dada pelo Conselho de Igrejas Cristãs do Estado do Rio de Janeiro, que prometeu agir na reconstrução de terreiros destruídos no estado em função de ataques.
                 Interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) que promove a passeata, o babalawo Ivanir dos Santos enfatizou que o Brasil precisa tratar da mesma maneira todas as religiões e avançar no combate ao ódio religioso o quanto antes.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Infográfico sobre Intolerância Religiosa aponta o Candomblé com maior índice de vulnerabilidade

                 O infográfico publicado pelo Jornal O GLOBO de 28 de agosto de 2014 aponta o maior índice de intolerância religiosa para os adeptos do Cadomblé (10,53%). De acordo com o centro, foi a religião mais vulnerável à violação dos direitos.

          Este levantamento feito pela PUC-RJ, só comprova que a discriminação religiosa existe desde a época da Colonização quando nossos irmãos eram escravizados. 
Deveríamos levar essa questão para as salas de aula e fazer valer a Lei 10.639/03, que torna o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas públicas e particulares, do Ensino Fundamental até o Ensino Médio.
         Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira, como constituinte e formadora da sociedade brasileira, a cultura, música, culinária, dança e as religiões de matrizes africanas.

Intolerância Religiosa na Escola


Menino de 12 anos teria sido barrado por
estar com guias de Candomblé no pescoço

           De acordo com o jornal O Dia Online, de 02 de setembro de 2014, na matéria de autoria de Vania Cunha e Athos Moura, um aluno da Rede Municipal de Ensino teve que trocar de escola depois de ter sido impedido de frequentar as aulas por usar guias de candomblé sob o uniforme. O menor, de 12 anos, adotou a religião há cerca de dois meses. Como parte de sua iniciação, tinha que usar as guias durante três meses. Mas, segundo sua família, a diretora teria proibido o menino de entrar na unidade. O menino já não ia à Escola Municipal Francisco Campos, no Grajaú, há mais de um mês. Isto ocorria, segundo afirma a mãe dele, Rita de Cássia, porque a diretora havia avisado que não permitiria a presença dele usando guias ou quaisquer outros trajes característicos do candomblé.
          No dia 25 de agosto, o menino tentou voltar a frequentar as aulas, mas teria sido impedido, segundo a família. Com as guias por baixo da camisa do uniforme, além de bermuda e boné brancos, ele teria sido proibido de entrar na escola. A alegação da diretora, segundo a família, foi de que o menino estava usando roupas fora do padrão adequado. (Foto: José Pedro Monteiro / Agência O Dia)


O estuda A mãe do estudante disse que tinha conhecimento apenas de que o uso da camisa com o logotipo da prefeitura seria obrigatório. Segundo Rita de Cássia, outros alunos usavam boné, bermudas e calças de outras cores, além de tênis coloridos no dia em que o filho foi barrado: “A diretora colocou a mão no peito do meu filho e disse que ele não entraria com as guias, que estavam por baixo da camisa”. 
             A diretora foi procurada pela reportagem, mas na escola informaram que o contato teria que ser feito com a Secretaria Municipal de Educação. A pasta limitou-se a explicar que a diretora, cujo nome não foi informado, alegou que houve um “mal entendido”. Tal fato aponta o grau de intolerância religiosa a despeito da cultura afro-brasileira em nossa sociedade. VEJA O INFOGRÁFICO.

Choro e constrangimento 

 O menino começou a frequentar outra escola municipal no Grajaú, sem ser incomodado por causa de suas guias e bermuda branca. A mãe afirma que ele ficou envergonhado e não quis mais estudar na antiga escola: ele se sentiu “julgado” pelos colegas e responsáveis que estavam no portão da escola quando foi proibido de entrar. 
Segundo a mãe, o menino chegou a ficar três dias com febre e chorou copiosamente. O pai de santo Rafael Aguiar contou que após ser iniciada no candomblé, a pessoa, além de não poder pegar sol, precisa usar roupas claras, tapar a cabeça e usar as guias por um período de três meses: “A religião tem o seu simbolismo e suas tradições, que precisam ser respeitadas”. (Colaboraram Gustavo Ribeiro e Maria Luísa Barros)
Sobre a repercussão do caso entre as autoridades, um pedido de desculpas oficial ao aluno foi feito ontem, dia 03 de setembro, para ajudar a restabelecer a fé na igualdade de crença do Estado.


Paes ainda lembrou que a sindicância foi aberta para reforçar a conduta da diretoria da escola e 

que no final serão tomadas as medidas cabíveis. (Foto: Angélica Fernandes / Agência O Dia)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Artigo sobre intolerância religiosa aprofundado no Colonialismo

       Em decorrência da decisão do juiz acerca da Umbanda e do Candomblé por não considerá-las religiões, surgiu uma discussão densa sobre intolerância religiosa e protestos por todo o Brasil. No último dia 27 de maio de 2014, o Blog da Redação, do site Outras Palavras, que tem como mote a Educação e Cultura publicou um artigo intitulado "Como descolonizar o Brasil, no século XXI", de autoria de Luã Braga de Oliveira, que alfinetou na legenda:




     Decisão judicial que desprezou religiões africanas não é fato isolado. Para situá-la, é preciso examinar “colonialismo”, um processo cultural muito mais profundo que julgamos - LEIA MAIS

Religiosos da Umbanda e do Candomblé protestam em Brasília

      Integrantes da Umbanda e do Candomblé reuniram-se em protesto ontem, 10 de junho de 2014, em Brasília -DF, contra decisão judicial que negou pedido de retirada de vídeos com mensagem de intolerância religiosa do YouTube.

                                              Foto: ConexaoJornalismo.Com
 


      Confira o artigo publicado na revista Carta Capital, através do Coletivo Intervozes:

"Liberdade de expressão ou discurso de ódio?
Por Ana Cláudia Mielki*

      Religiosos do Candomblé e da Umbanda ocupam Brasília hoje para exigir respeito e tratamento digno às religiões de matriz africana. Vindos de várias regiões do País, o grupo denuncia a sistemática violação do direito de crença e liberdade das minorias religiosas.
      A mobilização foi motivada pelo repúdio à decisão do juiz titular da 17.ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Eugênio Rosa de Araújo, que negou o pedido de retirada de vídeos do YouTube com mensagens de intolerância contra religiões afro-brasileiras. Um dos vários episódios recentes trouxe à tona a discussão sobre o direito à liberdade de expressão. LEIA MAIS

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Juiz volta atrás na opinião sobre religiões de matriz africana

        Depois da repercussão nacional sobre sua opinião, o juiz da 17ª Vara de Fazenda Federal do Rio de Janeiro, Eugênio Rosa de Araújo, reviu os fundamentos da sentença em que havia declarado que candomblé e umbanda não se tratam de religiões e sim de cultos. Segundo a matéria do Globo Online publicada no dia 20 de maio, a mudança de postura foi anunciada em nota divulgada pela assessoria de imprensa da Justiça Federal do Rio de Janeiro.
        No texto o juiz admite o erro e modifica parte do conteúdo da sentença e afirma que “o forte apoio dado pela mídia e pela sociedade civil, demonstra, por si só, e de forma inquestionável, a crença no culto de tais religiões”.
                            Foto: Reprodução Ag. da Tarde / Lúcio Távora  
Caminhada pela Paz reúne manifestações de matriz africana, por todo Brasil

       O juiz não muda, no entanto, o teor da sentença em si. De acordo com a matéria, o magistrado reitera a negativa dada na ação movida pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro que pedia retirada do YouTube de 15 vídeos considerados ofensivos à umbanda e ao candomblé.
       O autor da ação movida pelo Ministério Público Federal que pedia a retirada dos vídeos de circulação, o advogado e babalorixá Márcio de Jagun, recebeu bem a notícia e afirmou que o  reconhecimento do erro é sempre bem-vindo, mas o ideal é que ele não fosse resultante especificamente da pressão popular e que o Poder Público reconhecesse a cultura nacional como parte de seus instrumentos.
      No último dia 21, aconteceu um ato público, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio, para discutir a postura judicial. Para os organizadores do evento, o próximo passo é avaliar as melhores formas de agir para que os vídeos sejam suspensos do YouTube.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Juiz Federal diz que Umbanda e Candomblé não são religiões e gera repúdio

           Segundo publicação do O Globo Online do dia 16 de maio de 2014, o Ministério Público Federal (MPF) do Rio recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) contra uma decisão em primeira instância da Justiça Federal que não reconhece crenças afro-brasileiras como religiões.

                                                 Foto: Reprodução

          No começo deste ano, o MPF entrou com uma ação pedindo que fossem retirados do YouTube, pela Google Brasil, vídeos considerados ofensivos a umbanda e candomblé. Um dos vídeos mostra a entrevista de um "ex-macumbeiro, hoje liberto pelo poder de Deus". 
          Ao negar o pedido, porém, o juiz Eugenio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal do Rio, argumentou que“manifestações religiosas afro-brasileiros não se constituem religião”. A decisão diz ainda que essas práticas não contêm traços necessários de uma religião. Ele negou pedido do Ministério Público Federal para que o Google fosse obrigado a retirar 15 vídeos ofensivos às duas crenças do ar.
          A decisão de um juiz federal de negar um pedido para retirada da internet de dezessete vídeos considerados ofensivos ao candomblé e à umbanda, por considerar que não podem ser consideradas religiões, causou indignação entre vários líderes religiosos. As afirmações preocupam líderes religiosos, que temem que decisões como essa estimulem práticas de intolerância, discriminação, ódio e também atos de violência.
         O Ministério Público já reapresentou a ação, criticando as afirmações do magistrado. De acordo com o site Bahia Notícias, a OAB-Bahia repudiou a decisão da Justiça que não considera a umbanda e o candomblé religiões.
        De acordo com o presidente da Associação Nacional de Mídia Afro (ANMA), Márcio de Jagun, Ivanir dos Santos anunciou, em Mesquita, no fórum “Grita Baixada”, a convocação a seguidores de todas as religiões, políticos, artistas e ateus para o “Ato em Solidariedade às Religiões de Matriz Africana”. A manifestação está marcada para quarta-feira (21), às 17h, com local ainda a ser definido.