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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Agosto - Mês de Obaluaê / Omolu

No mês de agosto se comemora o orixá Omulu / Obaluaê. Omulu onde “omó”, em Yorubá, significa filho, menino. Esse orixá tem a propriedade de transformar a evolução humana. É um orixá fundamental em todos os Axés. Relaciona-se com todos os orixás, já que o elemento terra é a base de todos os outros três elementos da natureza: água, ar e o fogo, que nasce de dentro da terra.


Omolu/Obaluaê é o Orixá responsável, o regente das reencarnações, é a força divina que preside o desprendimento do espírito do corpo material sem vida, e, por conseguinte a força divina que liga o espírito no corpo material. Desta forma, no desencarne e no reencarne temos a força de Omolu/Obaluaê atuando em nós. Senhor das Almas, Omolu/Obaluaê têm regência no campo santo, ou seja, nos cemitérios, e também nos locais similares, isto é, nos locais onde culturalmente se depositam os mortos, como crematórios, mares, rios, cavernas, etc.

Omolu/Obaluaê também é conhecido como o médico dos pobres, uma vez que é o Orixá da peste e da cura da peste, é esta emanação de Deus que possibilita a transmutação de um estado doentio em um estado saudável, é nesta corrente divina que os espíritos podem trabalhar na busca de materialização e desmaterialização para a cura do corpo físico. Por ser o senhor da Morte, ele detém o poder da vida, e assim atua no mundo material também na cura das doenças.

Pelo sincretismo São Lázaro é equivalente a Obaluaê na Umbanda. Dentro da fé cristã, São Lázaro foi discípulo e amigo pessoal de Jesus. Era irmão de duas mulheres que se tornaram conhecidas pelos Evangelhos: Marta e de Maria. Lázaro vivia com sua família no vilarejo chamado Betânia, que ficava a menos de uma hora de caminhada de Jerusalém, em Israel. Jesus, em suas andanças missionárias, anunciando o Reino de Deus, sempre ia se hospedar na casa de Lázaro. O nome Lázaro vem do grego. Em hebraico seria Eleazar, e quer dizer "Deus ajudou".



         Lázaro era estimado e respeitado pela comunidade hebraica, pela origem nobre, honestidade e religiosidade da família. Foi um personagem especial na Bíblia, pois é a única pessoa por quem Jesus chora no Novo Testamento. Lázaro foi ressuscitado por Jesus após a sua morte, a pedido de Marta, sua irmã, que foi inabalável na fé. Lázaro já estava cheirando mal. Já fazia quatro dias que estava sepultado, quando Jesus chegou para chamar-lhe à vida novamente. Foi um dos maiores milagres de Jesus.

         Trata-se do último grande “sinal” realizado por Jesus, depois do qual os sumos sacerdotes decidiram matá-lo e decidiram também matar o próprio Lázaro, que era a prova viva da divindade de Cristo, Senhor da vida e vencedor da morte. Portanto, dentro desse sincretismo, o orixá Obaluaê está diretamente relacionado com a fertilidade da terra (prosperidade), sendo um orixá muito rico.

        Obaluaê também está ligado às doenças infecciosas que causam febre, doenças epidêmicas, às doenças de pele, e às doenças da gravidez. Omolu é o orixá que protege o homem dos efeitos maléficos causados pro todos estes processos. Filho de Oxalá e Nanã tem como símbolo o Xaxará, objeto que representa a imagem coletiva dos ancestrais.  Omolu é a simbologia do ventre fecundado e de todos os espíritos contidos na terra. Na Umbanda, Omolu e Obaluaê compartilham da mesma energia, sendo que o primeiro é conhecido como o mais velho e o segundo o mais novo.

Para as comemorações nos terreiros, geralmente é preparado um banquete e ritual com cânticos e atabaques, oferendas. No grande banquete são preparados vários tipos de comidas, que são colocadas em vasilhas de barro, servidas em folhas de mamona. Algumas casas de Candomblé se dedicam o mês inteiro de agosto para o orixá, onde toda a segunda-feira (dia consagrado ao Obaluaê) fazem suas rezas e louvor, pedindo proteção e agradecendo pela saúde e a vida.

Este Orixá tem como elemento o fogo e a terra, ou a terra flamejante, a lava. Pois ao mesmo tempo em que molda com a terra, destrói ou forja com o fogo. E por isto é o Senhor da Transformação. Para entendermos essa força transformadora, um bom meio é observarmos a pipoca.


A semente de milho de pipoca é dura, não serve para comermos, é feia, acanhada, mas basta colocarmos o fogo para transformarmos este semente dura, em um alimento rico, cheio de beleza. Ao estourar a pipoca simbolizamos a força transformadora de Omolu/Obaluaê. O poder de mudar de transformar algo que não tem serventia em algo que encanta. Não é por acaso que a pipoca é um dos pratos ofertados a este Orixá.

Fonte: Blog - Terreiro da Vó Benedita 
           Blog - Olhos D'Água D'Oxum
           Blog - Pai Tobias

sábado, 26 de julho de 2014

Avó de Jesus é sincretizada com a orixá Nanã


Pouco cultuada em alguns terreiros, a orixá Nanã é avó desde sempre, sendo sincretizada com Santa Ana, mãe de Maria, é homenageada em 26 de julho. Nanã é muito exigente na escolha de seus filhos. Na Umbanda são raros os homens que a têm como guia principal, mas não se pode dizer que não existam alguns. Não é, também, das figuras mais femininas, característica que empresta a suas filhas, e é conhecida como a mais velha das deusas das águas paradas, da lama e do barro. (Foto: Reprodução)


Nanã é homenageada em 26 de julho, dia de Santa Ana, mãe de Maria. Seus domínios, contudo, são locais onde a terra e a água se encontram como pequenos rios, lamaçais, ribeirões e mangues. Também locais tranquilos onde é possível repousar e exercitar a paciência.
A mãe de Omulu e Oxumaré é, ainda, responsável pelos portais do ciclo da vida: encarnação, desencarnação e reencarnação. Paciência e compreensão são características muito presentes nos filhos de Nanã, seguidas por perdão e tolerância típicos de uma avó muito carinhosa e cuidadora. Normalmente vivem em função de praticar o bem, preocupadas com o bem-estar da família e da comunidade.
Por ser firmemente uma avó, os filhos de Nanã costumam parecer mais velhos do que realmente são, e são conservadores por natureza, como se vivessem a vida de gerações anteriores ou sentissem saudade de um tempo passado que não é o seu.
Apesar de serem, por vezes, carinhosos em excesso, se tornam também ranzinzas, e exigem o respeito de forma incisiva. Basta imaginar uma avó que raramente puxa a orelha do neto, mas quando faz, faz com firmeza. A face ranzinza também aparece na preocupação com detalhes, na tendência a criticar tudo e todos e no pouco senso de humor, mantendo sempre o foco no que consideram ser o assunto mais importante.
Nanã é a paciência que vem com a experiência. Seus filhos dificilmente viriam à Terra para ainda aprenderem a ser assim, pois já vêm agraciados com a sabedoria da orixá. A seletividade de Nanã para seus filhos não é sem propósito e talvez um dos motivos de estes serem raros seja exatamente porque são raras as almas que já reencarnaram tantas vezes para adquirir tal sabedoria. Ouça os conselhos de Nanã e de seus filhos, pois podem trazer experiências valiosas de muitas vidas passadas.
http://www.raizesespirituais.com.br/caracteristicas-personalidade-filhos-orixa-nana/
SÃO JOAQUIM E SANT´ANA
Dia 26 de julho comemoramos o Dia de São Joaquim e Sant’Ana. Neste dia também comemoramos o dia dos Avós. Nada mais justo este dia destacar os avós de Jesus, pais de Nossa Senhora. Em Anápolis – GoiásSant´ANA é festejada nesta data.
Sobre a vida de Sant´Ana
Da vida da mãe de Maria Santíssima nada sabemos ao certo. Apenas a tradição cristã nos fornece alguns esclarecimentos a respeito de sua mãe, Sant’Ana, dados, cujo valor histórico não é possível apurar. Nem mesmo as Sagradas Escrituras nos diz algo, contudo, existe um livro venerável do século II do Cristianismo: Proto-Evangelho de São Tiago, que alcançou grande autoridade nas comunidades cristãs primitivas. É exatamente este livro que nos traz a mais antiga tradição sobre os pais de Nossa Senhora.
Diz a tradição antiqüíssima que Sant’Ana nasceu em Belém de Judá, tendo por pai, Mathan, sacerdote da tribo de Levi e da família de Araão; e por mãe, Maria, da tribo de Judá. Teve esse piedoso casal três filhas. A mais velha chamava-se Maria, como sua mãe, e veio a ser mais tarde esposa de Cleophas, de Sadoc e de Eli e foi mãe de Tiago Menor, Judas Tadeu, Simão e José, apóstolos ou discípulos de Cristo, que segundo o costume hebraico, se chama no Evangelho "irmãos do Senhor", quando de fato eram primos irmãos.
O Calendário Litúrgico da Igreja Romana comemora no dia 26 de julho a memória de São Joaquim e Sant’Ana. No entanto, o culto deles foi difundido na Igreja desde o século VI. Começou no Oriente e depois passou para a Igreja Romana. Neste caso, a devoção foi muito mais popular. Ela difundiu-se, sobretudo, nos povos nórdicos, onde o nome Ana é mais usado. Também no Brasil, o culto a Sant’Ana é muito conhecido. Antes, ela mereceu o título que só é reservado à sua Filha, isto é, Senhora Sant’Ana.

http://presentepravoce.wordpress.com/2009/07/21/a-avo-de-jesus-e-a-nossa-padroeira/

quarta-feira, 12 de março de 2014

Afro Saqua promoveu procissão em Louvor a Yemanjá

       A Associação de Cultos Afro-brasileiros de Saquarema promoveu a sua primeira procissão em louvor a Yemanjá, no dia 02 de fevereiro de 2014.
       A imagem saiu 9 horas da manhã em uma carreata,  do terminal rodoviário de Bacaxá, com destino há Praça do Bem Estar, que fica no centro de Saquarema, onde será a concentração.                  Logo após a concentração houve o ritual de oferendas, com grande comoção dos fiéis à "Rainha do Mar".      
      Confira abaixo as fotos do culto a Yemanjá:



Carreata partindo do terminal de Bacaxá

Os fiéis em cortejo pelas ruas do Centro














VI Caminhada pela Liberdade Religiosa

     A Associação de Cultos Afro-brasileiros de Saquarema (Afro Saqua) marcou presença na VI Caminhada pela Liberdade Religiosa, que aconteceu no dia 8 de setembro de 2013, em Copacabana, Rio de Janeiro, que reuniu milhares de devotos de inúmeros credos e religiões diversas, entre umbandistas, ciganos, judeus, católicos e ateus, além de autoridades e simpatizantes

     Confira maiores detalhes na matéria que foi ao ar no site G1, abaixo as fotos desse dia histórico:




O Presidente da AfroSaqua, Sérgio Araújo e o secretário de Meio Ambiente Carlos Minc 


Sérgio Araújo, Presidente da Afro Saqua, com um dos principais 

organizadores do evento, Evanir dos Santos







A comunidade indígena também esteve presente na sexta caminhada pela liberdade religiosa

(Fotos: Divulgação)