sábado, 7 de fevereiro de 2015

II Procissão de Louvor a Yemanjá - Saquarema

         A Associação de Cultos Afro-Brasileiros de Saquarema - AfroSaquá promoveu no dia 02 de fevereiro de 2015 a II Procissão em Louvor a Yemanjá. Os devotos da Rainha do Mar se concentraram em frente ao Posto PSIU em Bacaxá, seguiram em carreata pela Avenida Saquarema e fizeram seus louvores e oferendas na Praia da Vila. A última parada foi na Praça do Idoso, no Centro de Saquarema. As Mães de Santo lideraram o cortejo com a faixa da AfroSaquá. A imagem de Yemanjá foi levada com muita alegria de seus devotos, em mais um ano, pelas ruas da cidade.
       Dia 08 de fevereiro haverá a I Procissão de Louvor a Yemanjá, em Araruama. A concentração será na Praça João Hélio, no Centro, a partir das 9h. 
Confira abaixo as fotos (clique para ver o álbum):









































domingo, 2 de novembro de 2014

2 de Novembro - Dia de Finados e de Omolu/Obaluaê

Em Agosto, mês de Omolu/Obaluaê fizemos um post sobre o sincretismo. Hoje, 2 de novembro é comemorado o Dia de Finados no Brasil e celebrado El Dia de Los Muertos, no México. Também é celebrado o dia de Omolu/Obaluaê que é o senhor das doenças, é o orixá da renovação dos espíritos, senhor dos mortos e regente dos cemitérios; considerado o campo santo entre o mundo material e o mundo espiritual.

O orixá é conhecido como Obaluaê no Candomblé, como Obaluaê na Umbanda, como Xapanã no Batuque. Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente. Omolu/Obaluaê é filho de Nanã, irmão de Oxumarê e sua figura é cercada de mistérios. A Ele é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. O poderoso orixá tem tanto o poder de causar a doença como pode possibilitar a cura do mesmo mal que criou.



O Culto a Omolu/Obaluaê


Todos os orixás tem uma erva correspondente para defumação

Tem como emblema o Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como “varre” as doenças, impurezas e males sobrenaturais. Esta representação nos mostra sua ligação a terra.

A vestimenta de Omolu/Obaluaê é feita de ìko, é uma fibra de ráfia extraída do Igí-Ògòrò, a palha da costa , elemento de grande significado ritualístico, principalmente em ritos ligados a morte e o sobrenatural, sua presença indica que algo deve ficar oculto.

É composta de duas partes o “Filá” e o “Azé“, a primeira parte, a de cima que cobre a cabeça é uma espécie de capuz trançado de palha-da-costa, acrescido de palhas em toda sua volta, que passam da cintura, o Azé , seu asó-ìko (roupa de palha) é uma saia de palha da costa que vai até os pés em alguns casos, em outros, acima dos joelhos, por baixo desta saia vai um Xokotô, espécie de calça, também chamado “cauçulú“, em que oculta o mistério da morte e do renascimento. Nesta vestimenta acompanha algumas cabaças penduradas, onde supostamente carrega seus remédios. Ao vestir-se com ìko e cauris, revela sua importância e ligação com a morte.


Fonte: Estudo Umbandista

sábado, 27 de setembro de 2014

São Cosme e São Damião, os Ibejis no sincretismo

                    Embora na religião católica a data dedicada aos santos seja 26, é no dia 27 que as homenagens tornam-se mais fortes com a incorporação dos festejos dos cultos afro-brasileiros, incorporados pelo sincretismo religioso.


                    Além de missas e procissões para louvar os santos católicos, que, por terem estudado medicina, são considerados padroeiros dos médicos, farmacêuticos e das faculdades de medicina, o caruru (de origem africana) é a comida oferecida como forma de pagamento das promessas feitas para alcançar graças com a ajuda dos “Santos Meninos”.  Como também são considerados protetores das crianças, faz parte das oferendas a distribuição de balas e outros doces que agradam em cheio à meninada.

                   Com o sincretismo, São Cosme e São Damião são equiparados aos Ibejis, divindades gêmeas que representam a infância no Candomblé (ibeji em iorubá significa gêmeos).  Venerados na tradição católica como santos adultos que praticaram a medicina, é como “santos meninos” que estão no imaginário popular e são louvados pela maioria dos devotos. (Clique na imagem para ampliar)



                    Caruru - Um dos pratos mais tradicionais da culinária baiana, o caruru ganha destaque durante o mês de setembro, especialmente no dia 27, dia de render graças a São Cosme e São Damião, os santos gêmeos muito populares e queridos entre os baianos. O “caruru de São Cosme e Damião” ou “caruru de Cosminho” é normalmente ofertado pelos que tiveram pedidos alcançados com a intercessão dos santos.  Não faltam relatos de fé e devoção.  Assim como não falta casa em que a iguaria seja servida nesta época, principalmente em Salvador e no Recôncavo.  Também não é difícil encontrar quem espera ansioso a chegada do mês de setembro para se deliciar com o caruru dos santos gêmeos. Pode ser para muitos convidados ou apenas para sete meninos, que representam Cosme, Damião e seus irmãos Dou, Alabá, Crispim, Crispiniano e Talabi.  Antes do dia 27, no dia ou mesmo depois dessa data, dar o caruru de São Cosme e Damião, como se costuma falar, é uma forma de agradecer aos santos.



Como oferenda, o prato, que tem como base quiabo, azeite de dendê, camarão seco, amendoim e castanha, é preparado de forma especial, entrando, para compor, além de arroz branco, feijão fradinho, feijão preto, vatapá, farofa de dendê e galinha de xinxim, milho branco, pipoca, banana da terra frita, rapadura, abóbora, inhame, cana, ovo em rodelas, acarajé e abará.  É o famoso caruru de preceito.


Fonte: Bahia

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Sétima caminhada pelo fim da intolerância religiosa reúne 1.500 pessoas em Copacabana

                   De acordo com a matéria do Jornal O Globo Online, de Eduardo Vanini, datada de 21 de setembro de 2014, mesmo debaixo de chuva, cerca de 1.500 pessoas participaram do evento, entre candomblecistas, umbandistas, espíritas, judeus, católicos, muçulmanos, evangélicos e outros. A Avenida Atlântica, em Copacabana, foi tomada por dezenas de cores e credos na tarde deste domingo, durante a Sétima Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. Nos discursos, o tom era de cobrança por mais rigor no combate à intolerância religiosa que tem se manifestado na forma de ofensas e ataques a templos em todo o país, em especial aqueles que abrigam religiões de matriz africana.

Foto: Agência O Globo

                  Segundo a matéria, a notícia mais comemorada foi dada pelo Conselho de Igrejas Cristãs do Estado do Rio de Janeiro, que prometeu agir na reconstrução de terreiros destruídos no estado em função de ataques.
                 Interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) que promove a passeata, o babalawo Ivanir dos Santos enfatizou que o Brasil precisa tratar da mesma maneira todas as religiões e avançar no combate ao ódio religioso o quanto antes.

23 de Setembro - Dia Municipal do Candomblé

Hoje Saquarema comemora o Dia Municipal das Nações do Candomblé, pela Lei n° 1.328 de 7 de fevereiro de 2014


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Infográfico sobre Intolerância Religiosa aponta o Candomblé com maior índice de vulnerabilidade

                 O infográfico publicado pelo Jornal O GLOBO de 28 de agosto de 2014 aponta o maior índice de intolerância religiosa para os adeptos do Cadomblé (10,53%). De acordo com o centro, foi a religião mais vulnerável à violação dos direitos.

          Este levantamento feito pela PUC-RJ, só comprova que a discriminação religiosa existe desde a época da Colonização quando nossos irmãos eram escravizados. 
Deveríamos levar essa questão para as salas de aula e fazer valer a Lei 10.639/03, que torna o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas públicas e particulares, do Ensino Fundamental até o Ensino Médio.
         Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira, como constituinte e formadora da sociedade brasileira, a cultura, música, culinária, dança e as religiões de matrizes africanas.